Fala finansfera, tudo bem com vocês?

O mês de março acabou e trouxe junto com os desdobramentos do Coronavírus a volatilidade - eterna aliada do investidor de longo prazo. 

Se o mês de Fevereiro representou uma queda significativa nos mercados, Março por sua vez teve um desempenho ainda pior. De Circuit Breaker (CB) em CB, sendo 6 no total, minha carteira simplesmente derreteu, representando uma queda de -29,64%.


A Variação Acumulada VA alcançou -38,03%. O recebimento de dividendos de R$ 35,58 permitiu reduzir essa variação para -33,99 (VA + D), traduzindo novamente a importância de ter um fluxo de rendimentos, sobretudo em momentos de grande volatilidade feito o atual. 

Segue gráfico demonstrando a variabilidade da Rentabilidade da Carteira, percebam  como o mês de Março foi terrível.


Para termos noção da dimensão desse resultado, o mesmo representou praticamente o valor que aportei no mês. Ou seja, meu aporte simplesmente "sumiu" em virtude dessa queda. Essa dinâmica é natural, isto é, em períodos de crise o investidor mantém os aportes, entretanto o mesmo acaba sendo diluído devido as quedas. Entretanto, a partir do instante que o mercado reagir de modo positivo seu patrimônio também será beneficiado.

Carteira de ações: desempenho individual e composição

O desempenho macro da carteira foi refletido individualmente nas ações que compõe minha carteira.

Banco Bradesco BBDC3 teve o pior desempenho -33,15%. Seguido de BB Seguridade BBSE3 e Itaú Unibanco ITUB3, respectivamente.

  • BBDC3: -33,15%
  • BBSE3: -23,07%

  • ITUB3: -22,82% 


Um ponto importante a ser destacado com relação ao BBDC3 é que ao fazer realizar a compra em Fevereiro, paguei um preço muito bom devido as quedas, contudo a ação teve esse desempenho  negativo em Março, isso reforça duas premissas básicas da Renda Variável:
  1. Ninguém é capaz de acertar o fundo de uma ação, seja o analista que for.
  2. Ninguém sabe até que ponto uma ação pode cair, por isso é perigoso "pegar a faca caindo", ou seja, comprar uma ação que já caiu muito acreditando que ela não cairá mais.
Apresentado todo esse panorama de desempenho no mês, segue composição atualizada da minha carteira de ações. 



Dividendos

Neste mês de Março recebi apenas dividendos mensais, extraordinários (referentes ao 4T19) e Juros sobre Capital Próprio do Banco Itaú, que somados deram:
  • ITUB3: R$ 35,58
Para o mês de Abril estão provisionados os seguintes dividendos:
  • ITUB3: R$ 0,51 (recebi ontem)
  • BBDC3: R$ 0,29 (recebi hoje, meu primeiro dividendo do Bradesco)
  • BBSE3: R$ 17,57 (30-04)
Até o momento, BBSE3 continua sendo a campeã em termos de distribuição de dividendos. 




O objetivo de investir em ativos geradores de renda passiva têm gerado bons frutos (mesmo que tímidos), até o momento. A caminhada é longa mas, como eu sempre digo, o importante é focar no processo: trabalhar, aportar e deixar os juros compostos (aqui representado pelo reinvestimento dos dividendos) fazerem o seu trabalho.

Conclusão

Apesar das incertezas do mercado e da possibilidade de empresas suspenderem ou postergarem dividendos (farei um post sobre isso) em função dessa pandemia, seguirei meu plano de aportar mensalmente, salvo caso de demissão do meu trabalho. Reforço novamente que o meu foco é na Renda Passiva e não no patrimônio, sendo assim esse momento é excelente para acumular mais ações com o mesmo aporte.

E você, caro leitor, sobreviveu neste mês à este "soco no estômago" ou essa volatilidade não te incomoda?

Que venha Abril, seguimos firmes no plantio em busca da Colheita!