Fala pessoal, beleza?

Voltei ao trabalho nesta segunda e felizmente, a Quarentena de uma semana proposta pela empresa não afetou meu salário e por conta disso me possibilitou aportar.

Confesso que fiquei tentado em aportar na empresa da minha carteira que mais caiu (no caso, Bradesco cerca de 30%), entretanto neste período em que praticamente tudo despencou, optei por inserir uma nova empresa na carteira, diminuindo em partes minha exposição ao setor financeiro (Bancos/Seguros).

Visando conferir uma blindagem maior na carteira, fiz a escolha por uma empresa de Energia Elétrica, cujo setor funciona como uma espécie de escudo em momentos de crise, uma vez que a maioria das empresas de energia elétrica possuem receitas previsíveis, com prazo longos de concessões além, é claro, de pagar dividendos com regularidade.

Engie Brasil Energia S.A (EGIE3) - Um pouco sobre a empresa

ENGIE Brasil Energia S.A. integra a maior produtora independente de energia do país, a ENGIE, sendo também agente ativo na comercialização de energia. É controlada pelo grupo franco-belga ENGIE, líder global na produção independente de energia, com atividades em mais de 70 países e forte atuação em eletricidade, gás natural e serviços de energia.

A ENGIE possui como core business o processo de geração de energia elétrica, no entanto a empresa como forma de diversificação de suas atividades, atua na comercialização de energia para empresas, além disso em 2017, ingressou no segmento de transmissão de energia e, em 2018, adquiriu os 50% remanescentes das ações da ENGIE Geração Solar Distribuída. O ano de 2019 marca a entrada no segmento de gás natural brasileiro ao adquirir participação na Transportadora Associada de Gás (TAG). 

Ou seja, a empresa possui basicamente 4 braços de receitas:
  • Geração de energia (hidrelétrica, eólica, térmica, solar)
  • Comercialização de energia
  • Transmissão de energia
  • Gás Natural


Ao fim do quarto trimestre de 2019, a capacidade instalada própria é de 8.711 MW, operando um parque gerador de 10.431 MW, composto por 60 usinas, sendo 11 hidrelétricas, quatro termelétricas e 45 complementares - três a biomassa, 38 eólicas, duas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e duas solares - das quais 56 pertencem integralmente à Companhia e quatro são exploradas por meio de parcerias com outras empresas.

Fonte: RI Engie

 Apesar dos projetos voltados para o setor de transmissão de energia e gás natural serem incipientes, a empresa possui alta previsibilidade de receitas (conforme imagem acima), percebam o prazo de vencimento das concessões, alcançando até 30 anos. Isso é ótimo para o investidor de longo prazo! 

Por conta da alta previsibilidade de receitas, a ENGIE é uma ótima opção para integrar uma carteira previdenciária. A Política de Dividendos da empresa delibera o seguinte:
  1. Dividendo Mínimo Estatuário: 30% do lucro líquido ajustado.
  2. Compromisso da Administração: Payout mínimo 55% do lucro líquido.
  3. Periodicidade: 2 proventos por ano.
Fonte: RI Engie

Nos últimos 4 anos o Dividend Yield médio foi de 7,5% a.a, superando com folga a Renda Fixa. Além disso, a empresa  teve um payout de incríveis 100%, ou seja, todo o lucro foi praticamente distribuído ao acionista.

Lembrando que, resultados passados não é garantia de resultado futuro, entretanto caso a empresa adote uma postura mais defensiva nessa crise, terá que distribuir, no mínimo, 30% de dividendos conforme preconiza seu Estatuto.


Resumo do Aporte Abr/2020:

Ação: EGIE3
Preço da ação: R$ 39,81
Quantidade de ações: 14
Valor Investido: R$ 557,34






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