O Conselho Monetário Nacional (CMN) divulgou na última sexta-feira (29-05-2020) a prorrogação da restrição na distribuição de dividendos  por mais 3 meses. À princípio, essa medida valeria até setembro, agora terá validade até Dezembro deste ano.

Além disso, as Instituições não podem recomprar ações, reduzir o Capital Social e nem mesmo aumentar a remuneração de Executivos de níveis superiores durante esse período.

De acordo com a CMN, essa medida visa um maior conservadorismo na preservação de recursos, dada as incertezas do cenário que estamos vivenciando com essa pandemia.

Para quem já vive de renda, essa medida não é vista com bons olhos, uma vez que o setor bancário, representado principalmente pelos "bancões" (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander) é um dos maiores pagadores de dividendos da Bolsa e em virtude disso o investidor sentiria um desfalque em sua renda passiva.

Por outro lado, para quem ainda está na fase de acumulação, não muda muita coisa, receber dividendos e reinvestir é ótimo, entretanto para o investidor que se encontra nessa fase o mais importante é acumular ações.

Portanto, até o final do ano teremos apenas o dividendo mínimo obrigatório anual, que é 25% do lucro líquido. No ano que vem, se tudo correr bem e a economia apresentar avanços, certamente teremos dividendos gordos como é de costume.